

Numa noite de lua cheia, o Régis e a Liana decidiram viajar lá em cima. Tudo corria bem até que, depois de um solavanco forte (a estrada era de chão batido) ouvimos gritos e um baque. O Régis havia caído. Apesar da altura, não se machucou muito. O dodo improvisou uma bengala com um galho, e depois de alguns dias ele não sentiu mais nada.
Quando saiu do Rio, o ônibus, montado sobre a plataforma de um caminhão Chevrolet 1955, estava inteiro. Régis e seus amigos Gastão e Paulinho, da turma da rua Miguel Lemos, brigavam para dirigi-lo. Mas os milhares de quilômetros, a subida da cordilheira dos Andes e o deserto da costa peruana acabaram tornando inviável o projeto de chegar a Detroit para propor à General Motors a sua troca por um motor home novo para continuar até o Canadá e depois voltar ao Brasil. A parte mecânica e elétrica estavam constantemente em pane e não havia dinheiro para reformar o motor.
Impossibilitado de vender o veículo em Lima por causa das leis peruanas, Régis cogitou em incendiá-lo na praia, com ampla cobertura da imprensa local. Acabou optando pelo bom senso. Doou-o a um clube de caça e pesca. Talvez anda esteja prestando bons serviços aos pescadores e caçadores limenhos.
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