sábado, 11 de dezembro de 2010

DE VOLTA À ESTRADA

Sol, calor, cheirinho de café, de Brasil. Voltei à estrada descansado, animado. Só 1.500 quilômetros me separavam de Porto Alegre. Passou meia hora e nada de alguém me dar carona. Ninguém parava. Os motoristas fingiam não me ver. Aí tive uma idéia: com a mão direita agitava o polegar e com a esquerda mostrava o passaporte. Deu certo. Uma camionete com quatro rapazes parou. Eles estavam indo acampar no parque nacional de Itatiaia, onde fica o Pico das Agulhas Negras, e poderiam me deixar em Resende, a 300 quilômetros dali, de onde subiriam para as montanhas.

Cariocas, de classe média alta, estudantes universitários em férias, acharam muito divertida a minha história. Conversamos animadamente, e as quatro horas de viagem passaram rápido. Paramos para abastecer perto de Resende, e no posto havia um restaurante com o estacionamento lotado. Bom sinal. Passava do meio dia, e eles decidiram almoçar ali. “Você é nosso convidado, deve estar com saudade da comida brasileira”.

Filé com fritas, arroz, feijão, salada de alface, tomate e cebola, cerveja Brahma. O paraíso...

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